sábado, 3 de dezembro de 2011

Método Korsakoviano

Boa noite, queridos bloggeiros! Este é mais um post sobre o preparo de medicamentos homeopáticos. Como já foi dito, há dois métodos largamente empregados na confecção de remédios homeopáticos: o método Hahnemanniano (abordado no post “Método Hahnemanniano”, que pode ser acessado pelo link:  http://www.unbhomeopatia.blogspot.com/2011/11/metodo-hahnemanniano.html) e o Korsakoviano, do qual vou lhes falar neste post. Os memoráveis resultados terapêuticos obtidos por meio deste método o tornam bastante importante inclusive nos dias de hoje, entretanto, para que vocês possam entendê-lo melhor é preciso que saibam primeiro o contexto no qual ele surgiu:
Simon von Nicolaievitch Korsakov era conselheiro de Estado do rei Nicolas I. Apesar de não ser formalmente graduado em Medicina, e dada a dificuldade em se obter tratamento médico na área rural em que vivia, ele tinha bastante interesse na área de saúde. Korsakov chegou a tratar milhares de pacientes, a princípio com a medicina convencional e posteriormente, devido ao apelo de seus parentes, através da homeopatia. Ele também preparava remédios homeopáticos para o tsar e, em 1829, teve a ideia de adotar um método de frasco único, capaz não só de facilitar o preparo de medicamentos, como também reduzir o número de frascos a serem transportados para o campo. Além disso, Korsakov inovou ainda ao empregar diluições mais potentes -  30C - que as utilizadas anteriormente. Só após a aprovação do mestre Hahnemann, porém, Kosarkov passou a, de fato, desenvolver este método.
À diferença do método Hahnemanniano – o qual utiliza um frasco novo para cada diluição -, o método Korsakoviano usa apenas um frasco para a realização da série de diluições. Isso significa que, partindo-se do primeiro frasco de uma diluição centesimal, deve-se esvaziá-lo, de modo que reste nele apenas uma gota. Em seguida, são adicionadas 99 (no caso da escala centesimal, a tipicamente utilizada) de solvente, de modo que o processo deve ser repetido até que se atinja o grau de diluição almejado. É importante ressaltar também que, a cada nova diluição, a mistura deve ser agitada por 100 vezes de maneira vigorosa, quer mecânica quer manualmente. Para a identificação das diluições preparadas por esse método, usa-se a letra K, precedida pelo número que indica a quantidade de diluições realizadas: uma diluição de 15K indica, por exemplo, a 15ª diluição Korsakoviana.
De acordo com Farmacopéia Homeopática Brasileira (1997), para a realização de uma diluição segundo o método korsakoviano são necessários materiais como: etanol 70% (p/p) - nas preparações intermediárias - e etanol 30% (p/p) – na dispensação – além de um frasco único - de modo que o líquido a ser dinamizado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco. Ainda segundo esse documento, a dispensação de um medicamento pelo método korsakoviano deve se dar no intervalo de 31K a 100.000K. Além disso, os remédios preparados segundo esse método devem ser acondicionados em “recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta” (trecho retirado de: http://francisverissimo.sites.uol.com.br/Homeopatia.htm), sendo proibida a estocagem desse tipo de medicamento. 
Dados da APB (Associação Farmacêutica Belga) – compêndio de homeopatia, 1983 - mostram, contudo, um detalhe importante, que pode ter influência nas diluições preparadas segundo o método Korsakoviano: mesmo que lavado, um frasco que continha anteriormente uma substância medicinal, todavia retém quantidades suficientes de remédio para transmitir, de maneira integral, o princípio ativo à diluição seguinte.
            Isso explica, por exemplo, porque o método Korsakoviano, para baixas diluições, mostra-se energeticamente mais poderoso que o método Hahnemaniano. Além disso, observa-se que a energia gerada pela tensão superficial do líquido contido no frasco, faz com que o fluido fique retido nas paredes do recipiente, mesmo após este ter sido esvaziado. Essa energia, por somar-se à energia produzida com a dinamização da solução, contribui de maneira ainda mais decisiva para a potencialização do medicamento final.

 Referências Bibliográficas:

http://www.homeoesp.org/art_homeo_0160.html- acesso em 23/11/2011 às 14:44
Google Imagens

Por: Bárbara Fernandes Maranhão

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