segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

E, então, chegamos ao fim...

Pois é, pessoal, depois de um semestre de muito conversar sobre a homeopatia, finalmente chegamos ao fim... Esperamos que vocês tenham se divertido com as postangens tanto quanto a gente se divertiu ao fazê-las! Foi muito inesperado para nós, o número relativamente grande de visitas até agora, sinal de que vocês, de fato, apreciaram nosso blog... 
Agradecemos especialmente à oportunidade de trabalhar esse tema tão interessante conferida a nós alunos pelo nosso professor Marcelo Hermes Lima. Agradecemos também ao nosso monitor Léo que nos ajudou (e muito!!!) a conseguir realizar esse trabalho!
É isso aí, galera! Embora as postagens estejam encerradas, se sintam livres para comentar nossos posts e não desanimem: semestre que vem novos calouros estarão aí, dando continuidade ao tema da Homeopatia!


Caso clínico

Boa noite pessoal,
Esse é o meu último post para o blog de homeopatia. Foi muito bom estar com vocês durante esse semestre, que mostro um caso clínico de doença crônicas pra vocês (no caso é a enxaqueca).
Quando um paciente procura o tratamento homeopático (ou outras terapias alternativas), geralmente, ele não encontrou respostas satisfatórias nas terapias convencionais e depois de fazer uso dos medicamentos alopáticos por um longo período e com altas doses e possivelmente com muitos efeitos colaterais, ele resolve então procurar a homeopatia. Com o uso excessivo de medicamentos, cria-se uma resistência a eles, necessitando de uma maior dose do medicamento para que haja o efeito esperado.
A paciente foi atendida no Instituto de Homeopatia James Tyler Kent (Rio de Janeiro) e acompanhada por um período de dois anos (5/2008 a 4/2010). Paciente do sexo feminino, 30 anos, casada, não tinha filhos, enfermeira e estudante de Direito (período noturno), queixa-se de enxaqueca. Há crises desde os 13 anos e, a partir daí, tratava-se com um neurologista, não havendo resultado e piorando progressivamente.
No início da doença, a dor cessava com o uso de dipirona, porém com o tempo o seu quadro se agravava. Foi-lhe indicado o uso de um medicamento (oxcarbamazepina) que cessava a dor, mas a paciente reclamava de sonolência. Tentou-se a reduzir a quantidade de oxcarbamazepina ingerida, porém as crises voltaram.
A paciente queixava-se de estresse intenso, já que era a enfermeira-chefe da área cirúrgica do hospital, e além disso ainda cursava Direito. Por isso, o homeopata lhe prescreveu Staphisagria 1000FC (é produzido a partir de uma erva da família das Ranuláceas, também conhecida como erva de piolho). No retorno ao médico, disse ter havido melhora da enxaqueca, tendo reduzido a quantidade de crises mensais de cinco para dois. O uso do medicamento se manteve por mais dois meses, embora não houvesse melhora considerável.
Com isso, foi retirado o uso de Staphisagria 1000 FC e foi prescrito Silicea terra 1000 FC (tem origem mineral, sua produção é feita a partir de sílica pura triturada). Assim, após a escolha do medicamento correto (Silicea terra 1000 FC), a paciente retornou dois meses depois, afirmando sentir bem melhor, tendo apresentado apenas duas crises nesse período.
Portanto, percebe-se que a paciente melhorou significativamente após o uso de Silicea terra, indicando que essa melhora não ocorreu por efeito placebo e sim por efeito do medicamento escolhido corretamente. Mostra também que a melhora da paciente ocorreu logo após o uso da primeira dose, não sendo lenta a ação da homeopatia (pelo menos para esse caso). Só que a homeopatia nem sempre funciona e isso depende bastante das crenças de quem a usa como terapia. Muitas vezes não faz efeito algum no indivíduo como naqueles que tomaram overdose (movimento 10²³, explicado no post http://unbhomeopatia.blogspot.com/2011/12/homeopatia-tem-efeito-colateral-caros.html).
 Espero que tenham gostado das postagens acerca de homeopatia e das abordagens feitas no blog. Semestre que vem tem mais com os novos calouros de biobio. 

Por Vinícius Santos da Cunha
Referêncas:
http://institutoarqueiro.com.br/novosite/modules/arqueiro/mmedica.php?med=sil#1365
http://www.sigasuadieta.com.br/tag/enxaqueca/

Mecanismos de Ação: Remédios Homeopáticos

Oi, galerinha! Este é oficialmente meu último post... Depois de postar sobre os vários métodos de preparo de medicamentos homeopáticos, vocês devem estar curiosos sobre os mecanismos de ação desses remédios no organismo humano. O objetivo do post de hoje é, portanto, mostrar a vocês o que há de mais novo sobre o assunto no meio científico. Espero que vocês consigam correlacionar o que será apresentado hoje com o que foi abordado nos posts anteriores.
Os medicamentos, alopáticos ou homeopáticos, capazes de formar um dipolo em meio aquoso tem sua ação terapêutica calcada na interação com um receptor celular. Essas interações podem ser mais ou menos específicas e envolvem ligações químicas entre as moléculas da droga e o receptor, o qual apresenta forma complementar à do medicamento que interage com ele. O resultado é a formação de um complexo droga-receptor, o que gera uma resposta, agonista ou antagonista, passível de ser medida.
Uma substância química tem ação agonista quando a sua ligação ao receptor leva à ativação deste. Como conseqüência dessa ativação, em geral, a célula é estimulada a desempenhar uma determinada função. A Acetilcolina, por exemplo, tem uma ação agonista, porque, ao ativar os receptores Nicotínicos presentes nas fibras musculares, faz com que estas se contraiam, permitindo a locomoção. A ativação de alguns receptores (tais como os  "receptores opióides encontrados nos neurônios de algumas zonas do cérebro, medula espinal e nos sistemas neuronais do intestino" - trecho retirado de: http://pt.wikipedia.org/wiki/Opi%C3%A1ceo) por opióides endógenos (como os neurotransmissores endorfinas e encefalinas) ou por fármacos opióides também pode ser considerada agonista, sendo importante na regulação normal da sensação da dor pelo organismo.
Os antagonistas, por outro lado, são substâncias químicas cuja ligação ao receptor não o ativa, mas impede que o agonista se ligue. Muitos anestésicos utilizados nas cirurgias, por exemplo, possuem antagonistas de receptores nicotínicos. A ligação do antagonista a tais receptores impede que a Acetilcolina se ligue a eles, o que inviabiliza a contração muscular, deixando a pessoa imóvel durante a cirurgia.


O mais curioso em relação a isso tudo é que, em 1870, Hugo Schulz e Rudolf Arndt descobriram que a diluição sucessiva de uma solução de composição constante faz com que a mistura apresente propriedades físicas diferentes e detectáveis. Esse princípio, conhecido como lei de Arndt-Shulz, vai ainda além, postulando que uma substância diluída pode excitar uma atividade fisiológica (efeito agonista), retardá-la (efeito antagonista) ou interrompê-la (zero farmacológico). Em outras palavras, uma mesma substância ora dispara o seu receptor como agonista, ora como antagonista e em alguns momentos, quando não há qualquer resposta farmacológica, diz-se tratar-se de um zero farmacológico.
Essa alternação entre os efeitos agonista, antagonista e zero farmacológico das diluições preparadas a partir de uma mesma solução forma uma senóide, na qual se verifica a presença de vários zeros farmacológicos mesmo em altíssimas diluições.  Esta senóide foi confirmada por um estudo, feito no Brasil, em relação ao efeito hidratante do Cloreto de Sódio quando em diferentes diluições. Como resultado desse estudo, constatou-se a ocorrência de zero farmacológico (ausência de qualquer efeito hidratante ou desidratante) para as diluições 3 C e 17C.  As diluições entre 4 e 17 C apresentaram um efeito hidratante, ao passo que as diluições entre 17 C e 19 C tiveram efeito desidratante. Se a pesquisa tivesse continuado e diluições mais altas tivessem sido estudadas, certamente novos dados seriam acrescidos aos já obtidos e seria possível desenhar uma senóide mais extensa.
Esses estudos reforçam, assim, a ideia de que determinadas potências têm uma ação máxima, enquanto outras, uma atividade farmacológica mínima, além de ir ao encontro do relato de alguns homeopatas de “potências que não funcionam”.           Recentemente foi proposta também a ideia de que "moléculas com capacidade simultânea de doar e receber prótons e que fazem ligações de hidrogênio formam estruturas semelhantes a 'gaiolas' ou 'estruturas fechadas com cavidades centrais', chamadas de clusters. A água líquida, por exemplo, pode ser considerada uma mistura de clusters de vários tamanhos, a depender da temperatura do sistema" (trecho retirado de, com adaptações: http://biq.iqm.unicamp.br/arquivos/teses/vtls000318501.pdf).

Isso explica, por exemplo, "as mudanças de comportamento da água quando da adição de solutos em diluições extremas: inicialmente, as moléculas de solvente formam aglomerados ao redor da molécula de soluto, os quais devem manter-se à medida que a solução é diluída. Diante disso, é a formação desses aglomerados (clusters) de água a responsável por as características de a solução serem diferentes das do solvente puro, mesmo quando a quantidade do soluto no solvente ultrapassa a constante de Avogadro" (trecho retirado de, com adaptações: http://biq.iqm.unicamp.br/arquivos/teses/vtls000318501.pdf). Sendo assim, a ação terapêutica da potência preparada é baseada não na interação das moléculas do princípio ativo com receptores celulares, mas sim no contato do cluster com tais receptores.

Referências Bibliográficas:
http://en.wikipedia.org/wiki/Agonist - acesso em 04/12/2011 às 23:42
http://doutormadrid.blogs.sapo.pt/12086.html - acesso em 04/12/2011 às 22:38
vsites.unb.br/ib/cfs/beth/principios.doc - acesso em 05/12/2011 às 00:25

Por: Bárbara Fernandes Maranhão

Um pouco de diversão com a homeopatia

Oi pessoal, meu ultimo post aqui, venho mostrar a vocês um vídeo que é tirando sarro sobre a homeopatia, este vídeo foi feito por um programa de televisão britânico que passa no canal BBC 2. O programa se chama The Mitchell and Webb Look.

Podemos ver que no vídeo eles também fazem sátira de outros métodos de "terapias alternativas", como logo no começo podemos ver uma placa com uma seta informando a Unidade de Terapia Magnética e da Enfermaria do Tratamento de Gritos, também falam sobre a terapia de cristais e até mesmo sobre horóscopo. 
Para os que acham que homeopatia é bobagem, esse vídeo é hilário. 
Uma boa semana a todos.

Por Pedro Augusto de Carvalho Lourenço

Referências:
Homeopatia tem efeito colateral?

Caros leitores, essa postagem vem trazer algumas informações sobre os possíveis efeitos colaterais da homeopatia e a polêmica estabelecida sobre a sua possível falta de ação no organismo
          Costuma-se ouvir que a homeopatia não traz efeitos colaterais, fato que é muito afirmado por vários sites na internet. Mas será essa uma verdade? Segundo consta no link http://www.clinicamente.com.br/homeopatia.htm ‘‘Prefere-se a homeopatia pela baixa quantidade de efeitos colaterais’’.
Talvez para entender melhor essa questão devêssemos ter o conhecimento de como esse medicamento atua no organismo. Entretanto, o médico Carlos Alberto Fiorot, presidente da Associação Médica Homeopática Brasileira, diz que ‘‘essa é uma questão que intriga a todos os que observam a terapia e os seus efeitos’’.

A Médica Claúdia Maria Regis Fernandes no link www.3apoliclinica.cbmerj.rj.gov.br/modules.php?name=News&file=print&sid=308  explica que a homeopatia não usa o termo - EFEITO COLATERL- e sim agravação do problema, porque em alguns casos esse fator é esperado pelo especialista no momento em que decide por determinado tratamento.

            O Dr. Heidwaldo A. Seleghini - Médico Homeopata - elaborou um texto baseado em perguntas e respostas no qual apresenta uma resposta para o questionamento que inicia esse texto. Ele diz que os medicamentos homeopáticos não trazem os efeitos colaterais clássicos. E afirma que ‘‘ se utilizados inadequadamente, indicados por pessoas não habilitadas, poderão trazer danos algumas vezes irreparáveis ’’. Ainda completa seu texto dizendo que existem folhetos e até livros mostrando aos leigos como se automedicar. Porém, reforça que ‘‘Nenhum médico homeopata sério escreve livros que possibilitem a automedicação. Trata-se muito mais de interesse financeiro do que de preocupação com a saúde’’. Para maiores detalhes o leitor pode acessar o link http://www.similia.com.br/paci_orient_text.html.

            Diante desses aspectos como explicar o fato de várias pessoas terem tomado uma ‘‘overdose’’ de remédio homeopático e terem afirmado que não sentiram nada?


A Folha.com divulgou no link http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/871244-manifestantes-se-reunem-para-tomar-overdose-de-homeopaticos.shtml que essas pessoas participaram de um protesto contra a falta de comprovação cientifica da ação da homeopatia. Esse protesto foi criado pelo grupo britânico 10:23. Eles influenciaram cerca de 79 cidades do mundo inteiro, as quais se reuniram no dia 5 de fevereiro de 2011 para tomarem altas doses de medicamentos homeopáticos.




Essa reportagem também mostrou a opinião de adeptos da homeopatia e de manifestantes:

 ‘‘A designer gráfica Marisa Luiz, 53, que toma esse tipo de remédio há mais de cinco anos, classificou o protesto como uma "palhaçada”. "Eles não conhecem princípios da homeopatia. Se eles realmente quisessem uma overdose, teriam que tomar várias vezes ao dia, e não assim, de uma vez só".

 "Todas as leis da física e da química garantem que não vai dar nenhum efeito", disse um dos manifestantes, após virar uma dose inteira do composto feito à base beladona, uma planta tóxica que é diluída para produzir muitos desses remédios.

 A polêmica não para por aí e o objetivo desse post não é a defesa de uma partes e sim trazer o questionamento, bem como algumas informações sobre o assunto.

 Despeço-me com essa última postagem. Espero que os leitores tenham gostado!



REFERÊNCIAS

 http://www.clinicamente.com.br/homeopatia.htm

http://www.3apoliclinica.cbmerj.rj.gov.br/modules.php?name=News&file=print&sid=308

http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/87/homeopatia-uma-terapia-sem-efeitos-colaterais-lei-dos-semelhantes-177226-1.asp

http://www.aberle.com.br/FAQ/view/Duvidas-Frequentes/Remedios-homeopaticos-provocam-danos-a-saude-/8.html

http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/871244-manifestantes-se-reunem-para-tomar-overdose-de-homeopaticos.shtml

http://blogs.estadao.com.br/herton-escobar/o-milagre-da-pilula-de-farinha/

Por Ana Angélica Santarém Amorim




domingo, 4 de dezembro de 2011

Homeopatia trata os sintomas da dengue

Caros Leitores, o objetivo dessa postagem é mostrar mais um campo de ação da homeopatia: Pacientes com dengue. Primeiramente farei um breve comentário sobre a dengue e depois farei a análise de notícias e polêmicas a respeito desse assunto.

                Não deve ser novidade para os leitores que a dengue é uma doença viral transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Essa doença provoca náuseas, vômito, dores musculares e nas articulações, dor de cabeça, e como se não bastasse esse enorme mal estar, um quadro que se inicia com febre súbita acima de 40 graus. E é aí que mora o perigo. A febre pode levar o indivíduo a sofrer convulsões e o quadro como um todo pode levar o indivíduo a desidratação grave.

E onde entra a homeopatia nessa história?
Sabe-se que a dengue não tem um tratamento específico. Quando o paciente apresenta os sintomas o que pode ser feito é tentar amenizá-los e deixar que o próprio organismo se reestabeleça. Entretanto, a dengue tem causado muitas mortes ou pela falta de atendimento ou pela complicação do quadro da dengue hemorrágica que leva o paciente a um estado de choque pela queda da pressão arterial e falência circulatória. Diante dessa situação, várias localidades brasileiras têm utilizado a homeopatia para tratar dos sintomas da dengue.

Vejamos um pequeno trecho que consta no site do Governo do Estado do Ceará (http://www.ceara.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/3393-homeopatia-contra-a-dengue-e-tema-de-debate-na-42o-reuniao-anual-do-hgf):
 ‘‘As gotinhas homeopáticas contra a dengue já são uma realidade no serviço público de saúde de cidades brasileiras como Macaé, no Rio de Janeiro, onde não há mais registros de morte por dengue, e Vitória, no Espírito Santo, onde uma pesquisa está sendo realizada para mostrar os resultados do tratamento com as gotinhas. Em Fortaleza, o uso do composto homeopático ainda é restrito, mas tem aumentado a cada dia’’.

 O Leitor poderia estar se perguntando, mas qual é o remédio utilizado?

 Segundo consta nesse mesmo site citado acima ‘‘o composto homeopático tem três componentes: o Eupatorium Perfoliatum(Planta medicinal analgésica), o Phosphorus(mineral que protege o fígado) e o Crotalus Horridus(Veneno da Cascavel que ajuda na coagulação sanguínea)’’. Eles afirmam que o remédio está sendo usado tanto para prevenção quanto para o tratamento da dengue.
              No dia 31 de março de 2011 o site da Secretaria da Saúde do Estado do Espírito Santo -http://www.saude.es.gov.br/default.asp – divulgou que uma pesquisa tem sido realizada com a participação do Laboratório  Central da Sesa(Lacen) com o monitoramento de pacientes com dengue que passaram a receber os remédios homeopáticos. A coordenadora da pesquisa Ana Rita Vieira de Novaes explica que ‘‘ a terapia homeopática tem o objetivo de fortalecer a resposta Imunológica do organismo frente a agressões externas’’.     
                Segundo esse site, essa pesquisa, que conta com a colaboração da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocuz), já foi aprovada na primeira fase do Comitê Europeu da liga Internacional de Homeopatia, que financia estudos homeopáticos em todo o mundo. Se a segunda etapa for aprovada, esses estudos poderão receber até 300 mil euros para a continuação do trabalho.
 Confira um trecho ,que se encontra no site http://www.ecomedicina.com.br/site/conteudo/entrevista19.asp ,de uma entrevista que Ana Rita Viera de Novaes relata algumas dificuldades encontradas e sobre mais alguns detalhes da pesquisa já mencionada acima:
Ecomedicina: Em relação à dengue, de que forma a Homeopatia tem sido utilizada em Vitória?

Ana Rita Vieira de Novaes: Quando começamos a discutir a dengue, entendemos que simplesmente fazer uma intervenção seria complicado. Precisávamos de uma estratégia porque sem dados não teríamos como avançar. Criamos um protocolo de pesquisa e começamos um estudo, que ainda está em andamento, para poder mostrar, em números, a consistência das ações propostas. Conseguimos envolver a Secretaria estadual, que garantiu os kits de diagnostico por meio do NS1, e a Secretaria municipal, que colocou seis médicos à disposição da pesquisa. Supomos que, assim, teremos meios para implantar de forma mais robusta.
              
                  Apesar de parecer que esse tipo de tratamento está sendo bem aceito, ainda há muita resistência e tem gerado muitas polêmicas, como foi o caso do embate entre a Prefeitura de São José do Rio Preto e a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. A Folha.com divulgou uma reportagem no endereço http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u502191.shtml que aborda justamente essa situação. O medicamento para tratamento da dengue - Proden- desenvolvido pelo médico e pesquisador da Famerp (Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto) foi usado em 2007 sem prescrição médica. A reportagem diz que ‘‘Naquele ano, em uma epidemia da doença na cidade, cerca de 20 mil doses do medicamento foram disponibilizadas à população. A iniciativa da prefeitura foi questionada pela Secretaria do Estado da Saúde, que decidiu interditar o produto’’. Foi feita uma série de acusações, entre elas, o descumprimento das regras de manuseio e distribuição. Os remédios iriam ser retirados dos postos de saúde. A Confusão foi resolvida pela Justiça que determinou o uso de receita para legalizar a distribuição do medicamento. Esse produto, atualmente, encontra-se registrado pela ANVISA.

           Assim, o leitor pode perceber que o assunto não se encerra por aqui. Alguns fatos bem recentes são citados com relação aos estudos e às notícias do uso clínico da homeopatia. E por não ter ainda um consenso entre os pesquisadores, novos debates e questionamentos tendem a aparecer.
 Espero que tenha gostado da leitura.

 Referências
http://www.ceara.gov.br/sala-de-imprensa/noticias/3393-homeopatia-contra-a-dengue-e-tema-de-debate-na-42o-reuniao-anual-do-hgf
http://www.ecomedicina.com.br/site/conteudo/entrevista19.asp
http://www.saude.es.gov.br/default.asp
http://amhb.org.br/?op=conteudo&id=336
http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u502191.shtml
http://www.naturalhealthstrategies.com/dengue-tratamento-natural-pt.html
http://veja.abril.com.br/idade/exclusivo/perguntas_respostas/dengue/index.shtml#11
http://saude.ig.com.br//minhasaude/enciclopedia/dengue/ref1238131557224.html?gclid=COfF6omo6KwCFY2R7QodrxRbLA
http://peruibenastrevas.blogspot.com/2010/05/o-frio-e-homeopatia-contra-da-dengue-em.html
http://www.fabriciano.mg.gov.br/mat_vis.aspx?cd=6496
http://www.es.gov.br/site/noticias/show.aspx?noticiaId=99694739

Por Ana Angélica Santarém Amorim

sábado, 3 de dezembro de 2011

Método do Fluxo Contínuo

Olá, pessoal! Este é meu último post sobre os métodos de preparo de medicamentos homeopáticos... Para os que se interessaram pelo assunto, se sintam à vontade para questionar o que foi abordado. Embora a viagem por esse mundo fascinante da homeopatia esteja, por ora, chegando ao fim, não desanimem... Semestre que vem terá início outro blog de homeopatia e vocês logo poderão ficar a par das novidades! Bom, sem mais demoras, deixe-me introduzir o tema de hoje: o método do fluxo contínuo.


Em meio a inúmeras variantes, o método de fluxo contínuo consiste numa forma mecânica (mais rápida e fácil que o sistema manual) de preparar altas potências. O procedimento é realizado por um equipamento mecânico, composto de uma câmara de vidro, onde ocorre a dinamização. Para a realização das diluições, parte-se de uma solução 30 CH do medicamento, diluída em etanol 70%. Coloca-se, então, o líquido a ser dinamizado na câmara de vidro, na qual há tanto entrada como saída de água – usada como insumo inerte, podendo "ser obtida por destilação, bidestilação, desionização, filtração esterilizante, miliQ ou osmose reversa" (trecho retirado de http://francisverissimo.sites.uol.com.br/Homeopatia.htm) - de modo contínuo.
Concomitantemente à ativação da entrada de água, deve-se ligar o motor. Isso acionará, por sua vez, o movimento de rotação de "uma haste de vidro, com uma pá na extremidade, [...] produzindo agitação. [...] Conhecendo-se a velocidade de rotação do motor e o volume de água que passa pelo sistema, é possível calcular o tempo necessário para obter altas dinamizações". (trecho retirado de, com adaptações: http://www.portaleducacao.com.br/farmacia/artigos/7309/pepraparo-de-medicamentos-homeopaticos-metodo-hahnemanniano-e-korsakoviano). Quando se tiver alcançado o grau de diluição requerido, deve-se retirar o dinamizado da câmara e submetê-lo a duas dinamizações hahnemannianas em álcool a 70%, para estocagem. Do fato de, nesse processo, a diluição ser contínua advém o nome do método: fluxo contínuo.
Segundo a Farmacopéia Homeopática Brasileira II (1997), para que se garanta qualidade na preparação dessas diluições, contudo, o equipamento utilizado deve possuir a câmara de água posicionada de modo a entrar junto ao centro do vértice do líquido em dinamização, permitindo o turbilhamento da água adentrante antes de ser expulsa. Além disso, o método de fluxo contínuo requer os seguintes materiais: um recipiente com capacidade de 1000ml para colocação do diluente e outro de 5ml para preparação das sucussões.
Para se obter o valor da dinamização, basta dividir o volume do diluente pelo volume de mistura contida no frasco (Ex: 1000ml/5ml = 200C ). De maneira análoga, pode-se calcular o volume de diluente a ser empregado, multiplicando-se o número da dinamização almejada pelo volume do frasco utilizado no preparo das sucussões (Ex: 500C x 5 = 2.500 ml).
Para um medicamento preparado segundo o método de fluxo contínuo, a dispensação deve-se dar para um intervalo de 200 FC até 100.000 FC. A conservação desse tipo de medicamento deve ser feita num "recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta" (trecho retirado de: http://francisverissimo.sites.uol.com.br/Homeopatia.htm).
Referências Bibliográficas:
http://www.homeopatiaonline.com/uso.htm - acesso em 01/12/2011 às 23:58
www.homeopatiaexplicada.com.br/index.php?option...72...  – acesso em 01/12/2011 às 23:59
 Google Imagens

Por: Bárbara Fernandes Maranhão

Método Korsakoviano

Boa noite, queridos bloggeiros! Este é mais um post sobre o preparo de medicamentos homeopáticos. Como já foi dito, há dois métodos largamente empregados na confecção de remédios homeopáticos: o método Hahnemanniano (abordado no post “Método Hahnemanniano”, que pode ser acessado pelo link:  http://www.unbhomeopatia.blogspot.com/2011/11/metodo-hahnemanniano.html) e o Korsakoviano, do qual vou lhes falar neste post. Os memoráveis resultados terapêuticos obtidos por meio deste método o tornam bastante importante inclusive nos dias de hoje, entretanto, para que vocês possam entendê-lo melhor é preciso que saibam primeiro o contexto no qual ele surgiu:
Simon von Nicolaievitch Korsakov era conselheiro de Estado do rei Nicolas I. Apesar de não ser formalmente graduado em Medicina, e dada a dificuldade em se obter tratamento médico na área rural em que vivia, ele tinha bastante interesse na área de saúde. Korsakov chegou a tratar milhares de pacientes, a princípio com a medicina convencional e posteriormente, devido ao apelo de seus parentes, através da homeopatia. Ele também preparava remédios homeopáticos para o tsar e, em 1829, teve a ideia de adotar um método de frasco único, capaz não só de facilitar o preparo de medicamentos, como também reduzir o número de frascos a serem transportados para o campo. Além disso, Korsakov inovou ainda ao empregar diluições mais potentes -  30C - que as utilizadas anteriormente. Só após a aprovação do mestre Hahnemann, porém, Kosarkov passou a, de fato, desenvolver este método.
À diferença do método Hahnemanniano – o qual utiliza um frasco novo para cada diluição -, o método Korsakoviano usa apenas um frasco para a realização da série de diluições. Isso significa que, partindo-se do primeiro frasco de uma diluição centesimal, deve-se esvaziá-lo, de modo que reste nele apenas uma gota. Em seguida, são adicionadas 99 (no caso da escala centesimal, a tipicamente utilizada) de solvente, de modo que o processo deve ser repetido até que se atinja o grau de diluição almejado. É importante ressaltar também que, a cada nova diluição, a mistura deve ser agitada por 100 vezes de maneira vigorosa, quer mecânica quer manualmente. Para a identificação das diluições preparadas por esse método, usa-se a letra K, precedida pelo número que indica a quantidade de diluições realizadas: uma diluição de 15K indica, por exemplo, a 15ª diluição Korsakoviana.
De acordo com Farmacopéia Homeopática Brasileira (1997), para a realização de uma diluição segundo o método korsakoviano são necessários materiais como: etanol 70% (p/p) - nas preparações intermediárias - e etanol 30% (p/p) – na dispensação – além de um frasco único - de modo que o líquido a ser dinamizado deverá ocupar 2/3 da capacidade do frasco. Ainda segundo esse documento, a dispensação de um medicamento pelo método korsakoviano deve se dar no intervalo de 31K a 100.000K. Além disso, os remédios preparados segundo esse método devem ser acondicionados em “recipiente de vidro âmbar, bem fechado, protegido do calor e da luz direta” (trecho retirado de: http://francisverissimo.sites.uol.com.br/Homeopatia.htm), sendo proibida a estocagem desse tipo de medicamento. 
Dados da APB (Associação Farmacêutica Belga) – compêndio de homeopatia, 1983 - mostram, contudo, um detalhe importante, que pode ter influência nas diluições preparadas segundo o método Korsakoviano: mesmo que lavado, um frasco que continha anteriormente uma substância medicinal, todavia retém quantidades suficientes de remédio para transmitir, de maneira integral, o princípio ativo à diluição seguinte.
            Isso explica, por exemplo, porque o método Korsakoviano, para baixas diluições, mostra-se energeticamente mais poderoso que o método Hahnemaniano. Além disso, observa-se que a energia gerada pela tensão superficial do líquido contido no frasco, faz com que o fluido fique retido nas paredes do recipiente, mesmo após este ter sido esvaziado. Essa energia, por somar-se à energia produzida com a dinamização da solução, contribui de maneira ainda mais decisiva para a potencialização do medicamento final.

 Referências Bibliográficas:

http://www.homeoesp.org/art_homeo_0160.html- acesso em 23/11/2011 às 14:44
Google Imagens

Por: Bárbara Fernandes Maranhão

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Linhas da homeopatia

Boa noite queridos internautas, nesse post serão abordadas as diferentes linhas da homeopatia e suas implicações no tratamento.
A homeopatia se divide em três principais linhas de tratamento: unicista, alternista e complexista.
A linha unicista tem como base o uso de apenas um medicamento por vez. Recomenda-se que  nessa linha homeopática, as doses sejam únicas e o remédio usado seja de potência alta. A prescrição de um medicamento único é baseada no fato de a totalidade sintomática mostrar a expressão da patologia como uma única forma capaz de identificar o simillimum.
O uso de apenas um medicamento por vez permite ao homeopata uma atuação sem interferência, e com isso, tirar conclusões mais acertadas sobre o uso do medicamento e seus efeitos sobre o paciente. E se for preciso, o homeopata pode regular a dose ou prescrever um novo medicamento no lugar daquele que fora usado antes.
A linha alternista, também conhecida por pluralista, consiste no uso intercalado de 2 ou mais medicamentos em momentos separados, fazendo com que o efeito de um não perturbe a atuação do outro.
Essa linha, geralmente, é indicada nos seguintes casos:
- urgência (quando não há possiblidade de individualização do paciente);
- casos agudos;
- ambulatórios;
- no tratamento de gestantes;
- epidemias.
Já a linha complexista, usa em um único veículo várias substâncias diferentes. Geralmente, são usados medicamentos com potências baixas. Porém, essa linha não é muito confiável de ser usada, já que, não há a possibilidade de afirmar com certeza qual o medicamento que fez o seu efeito desejado e nem saber aquele que por acaso tenha prejudicado o tratamento.
Por Vinícius Santos da Cunha
Referências:

Homeopatia na Medicina Veterinária parte 2

Oi pessoal, estou aqui com mais um post sobre o alcance da homeopatia, desta vez para falar outra vez de homeopatia na veterinária.

Para quem quiser ver minha primeira postagem sobre o assunto está aqui
http://unbhomeopatia.blogspot.com/2011/11/homeopatia-na-medicina-veterinaria.html

Seria certo a comparação dos efeitos de medicamentos em humanos e animais? Existem inúmeras diferenças,  como há semelhanças entre certos animais e nós humanos, como por exemplo nós compartilhamos quase 98% do noso DNA com os chimpanzés (fonte
http://genome.wellcome.ac.uk/doc_WTD020730.html), e 60% com uma mosca drosophila (fonte http://www.genome.gov/10005835), mas o número de cromossomos são totalmente diferentes. Em relação anatômica, principalmente a dos orgãos, entre os mamíferos, somos muito parecidos, mas e em relação ao metabolismo? Nós não conseguimos sintetizar proteína ingerindo carboidratos e lipídeos, já outros animais conseguem, e então, seria correto correlacionar os efeitos de medicamentos se funcionam em animais e humanos? O teste de medicamentos em animais antes de ele serem liberados para a venda é indispensável para o descobrimento de efeitos colaterais e perigo para a saúde dos futuros pacientes, mas há casos em que os animais eram imunes aos efeitos colaterais apresentados aos humanos, como no caso da talidomida, os ratos em que os medicamentos foram testados eram imunes aos efeitos teratogênicos, o que fez com que o medicamento talidomida fosse liberado para venda e causou milhares de casos de criançar com focomelia e amelia, já há outros animais que não são imunes a este efeito teratogênico como os coelhos.

O uso de medicamentos homeopáticos em animais é uma das buscas dos homeopatas para ter uma prova de que os medicamentos homeopáticos não são um efeito placebo, já que os animais não sabem o que estão tomando. Como eu disse no meu outro post, houveram experimentos que deram resultados a favor da homeopatia e outros contra, como a pesquisa da Instituto Nacional de Veterinária na Suécia que testou o medicamento homeopático com Podophyllum em bezerros com diarréia e também testaram outro grupo com um medicamento placebo, os resultados não mostraram nenhum resultado estatisticamente significante  de diferença entre o grupo tratado com o medicamento homeopático e o grupo placebo (veja o estudo aqui
http://www.springerlink.com/content/a4848157046qr866/fulltext.pdf).


A briga entre homeopatas e os que são contra vai continuar, e os experimentos em animais também, vai ser um dos principais argumentos para discussão de que a homeopatia não é um efeito placebo, junto com os experimentos em bebês. 

Obrigado e vamos estudar para a prova de 9 horas

Por Pedro Augusto de Carvalho Lourenço

Homeopatia na Odontologia

Boa noite, venho aqui com mais um post sobre o alcance da homeopatia, hoje sobre a homeopatia na odontologia

Existem medicamentos homeopáticos para varias condições odontológicas, com para aftas, alveolite, como também para condições psicológicas do paciente, como o “medo de dentista” e também com o tratamento pré e pós operatório, mas hoje vou falar sobre um problema que é muito comum entre os brasileiros e seu tratamento, a periodontite, que de acordo com uma pesquisa da UFPE é uma das maiores causas da perda de dentes em adultos e a principal causa em idosos, e por ser uma doença que tem características diferentes que variam de pessoa pra pessoa, é um ótimo exemplo para o uso da homeopatia, já que pela homeopatia a doença é vista como um desequilíbrio energético, em que são considerados fatores internos e externos que atuam na suscetibilidade do indivíduo, se os individuos são diferentes, seus medicamentos deverão ser diferentes, o que é diferente da medicina tradicional.

A periodontite é uma inflamação que atinge gengivas, ossos (maxilar e mandíbula) e ligamentos de suporte dos dentes que se não tratada, com sua evolução ocore perdas de tecidos e pode causar a perda dos dentes. A periodontite é de etiologia multifatorial, o principal seria o biofilme dental (placa bacteriana), e a resposta inflamatória depende de hospedeiro para hospedeiro, e essa reação inflamatória vem sendo associada a outras doenças inflamatórias crônicas como artrite reumatóide, glomerulonefrite, arterosclerose e doenças obstrutivas pulmonares.
O estresse também é um fator que pode influenciar no nível da inflamação, de acordo com um estudo de Cohen e Willamson, o nível de estresse influencia e potencializa o estabelecimento e o desenvolvimento de algumas doenças infecciosas. Os hormônios que são liberados em situação de estresse modulam o sistema imune.
O tratamento convencional para a periodontite é feitapela remoção do biofilme dental e pela prática de higiene bucal, e é necessário um tratamento prolongado, mas em casos em que a periodontite está em um estado mais avançado e agressivo, é necessário o uso de medicamentos antibióticos.
O tratamento com a homeopatia é feito com medicamentos homeopáticos, e estes medicamentos são uma combinação para os sintomas, inclusive para o estresse, mas como o principal tratamento é o hábito de uma boa higiene bucal, o medicamento homeopático é mais um tratamento complementar, e por ter resultado positivo, os homeopatas dão o mérito ao medicamento homeopático, e não à melhora da higiene bucal.

Obrigado a todos e boa sorte a todos na prova de 9 horas.

Por Pedro Augusto de Carvalho Lourenço
Uso racional de antimicrobianos sistêmicos em periodontia, Pannuti CM, Lotufo RFM CM